“Amor é fogo. Mas, se vai aquecer o seu coração ou queimar a sua casa, você nunca pode prever.”
Joan CrawfordJoan Crawford (San Antonio, 23 de março de 1905[1]– Nova Iorque, 10 de maio de 1977) foi uma atriz americana.
Lucille Fay LeSueur - seu verdadeiro nome - teve uma vida difícil. Descobriu desde cedo suas qualidades como dançarina que lhe garantiu sobrevivência antes de entrar para o cinema.
Este não era ainda o caminho para o estrelato, mas Lucille provaria ser persistente. Conheceu Nils Granlund quando trabalhava no bar de Henry Richman, um dos amantes de Clara Bow. Para circular com os clientes como Richman exigia que fizesse, ela precisava de uma roupa adequada. Granlund deu-lhe o dinheiro para comprá-la e Joan foi ao seu escritório para mostrá-la. Havia acabado de se despir para pôr o vestido novo quando entrou Marcos Loew, da MGM. Ele gostou muito do que viu e conseguiu um teste para ela. Algum tempo depois informaram a Crawford que a Metro Goldwyn Mayer pretendia contratá-la por cinco anos.
Assinou contrato em 1925 e fez sua estréia no cinema em Pretty Ladies, ainda na época do cinema mudo.
Fez 22 filmes mudos e 59 sonorizados.
Lucille aprendeu rapidamente e se integrou muito bem ao sistema do estúdio. Quem quisesse determinado papel devia provar o seu talento para algum dos grandes chefes. Isso não seria problema para ela. Logo estava trabalhando, graças a uma entrevista com o publicitário da MGM, Harry Rapf. Decidiu-se que seu nome não era conveniente para uma estrela. A revista Movie Weekly organizou um concurso para encontrar o nome para a nova promessa das telas. O vencedor foi Joan Crawford, o que ela passou a ser.
Foi indicada três vezes ao Oscar de melhor atriz: em 1945 por Almas em Suplício, em 1947 por Fogueira de Paixões e em 1952 por Precipícios D'Alma. Venceu em 1945 e participou de outros filmes de sucesso como Johnny Guitar, O Que Terá Acontecido a Baby Jane?.
Foi casada quatro vezes. Os três primeiros casamentos foram com os atores Douglas Fairbanks Jr., Franchot Tone e Philip Terry e o quarto com o empresário Alfred Steele, maior acionista da Pepsi Cola e de quem ela ficou viúva em 1959, exercendo por vários anos o cargo de presidente do conselho da empresa.
Não teve filhos mas adotou quatro crianças: Christina, Christopher e as gémeas Cynthia "Cindy" e Cathy.
No seu testamento,[2] escrito pouco tempo antes de sua morte, Joan Crawford deserdou os seus dois filhos mais velhos, Christina e Christopher, legando uma parcela mínima da sua fortuna, avaliada em cerca de dois milhões de dólares, aos outros dois.
Após sua morte, sua filha mais velha Christina Crawford, publicou Mommie Dearest (Mamãezinha Querida), um livro autobiográfico best-seller em que descreve Joan como péssima e abusiva mãe, dela e de seu irmão. Segundo Christina, a mãe era alcólatra e não tinha nenhum afeto pelos filhos, que teria adotado apenas para fins publicitários. O livro, bastante polêmico, foi levado às telas com Faye Dunaway no papel de Crawford.
Encontra-se sepultada no Ferncliff Cemetery, Hartsdale, Condado de Westchester, Nova Iorque nos Estados Unidos.
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